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Olá,

sou uma apaixonada pela arte de contar histórias. Seja como designer, dramaturga, atriz, diretora ou preparadora de ator/atriz e corporal, vi no estudo das artes do corpo, a expressão dessa paixão. Corpos contam histórias.

Formada em Comunicação pela ESPM em 1998 e também como atriz pela Indac Escola de Atores em 2001, sempre soube que as artes seriam o alimento para o meu ofício. 


Desde a minha formação no curso técnico de atriz, após ter feito parte de uma companhia de teatro dança, voltei minha pesquisa para o estudo do corpo na criação artística.

 

Desenvolvendo um trabalho com alunos em dramaturgia física, fui buscar uma especialização onde pudesse entender como aplicar a pesquisa dentro de uma metodologia de criação. Fiz a pós graduação no Centro de Artes e Educação Célia Helena em Corpo: Dança, Teatro e Performance. 

E aqui, neste espaço, você pode conhecer um pouco mais sobre a minha história, o meu trabalho e pode entrar em contato comigo para tirar suas dúvidas e criar parcerias.

Bem-vinds!

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Minha história

A menina que amava contar histórias antes de dormir e dançar pela casa com a fralda na cabeça e o controle remoto nas mãos.

A menina que viajava mundos e que se sentia outras, se sentia muitas, nas leituras de seus livros ou assistindo os filmes preferidos.

A menina que se encantava com as danças, os quadros, as tintas e lápis de cores.

Essa menina cresceu e seguiu seu caminho em busca de sua expressão nas artes cênicas e visuais.

Assim é como eu me lembro e como me contam. Meus avós não conseguiam me contar histórias, porque era eu que as contava antes de dormir. Assim era e assim ainda é. Depois de alguns anos no teatro, depois de deixar a dança e os esportes, num dia de reflexão sobre toda a jornada vivida até aqui, a constatação - eu amo contar histórias e amo ouvi-las. Boas histórias são capazes de transformar o modo como vemos o mundo. A minha foi e tem sido assim.

Os esportes eram a minha força de motivação e o meu sonho - queria me tornar jogadora de vôlei, mas a altura não permitiu continuar. Dos esportes praticados até o final da faculdade, somou-se a dança e a formação como instrutora de aeróbica. Mas ainda não estava preenchida por completo, algo faltava, uma ausência que eu não sabia explicar. Foi quando a escola nos levou ao teatro e naquele instante, vendo Macbeth em cena, me voltou a mesma sensação que um dia havia sentido, quando eu era aquela menina mencionada acima. Tinha 4 anos de idade e meu tio me levou a uma peça que acontecia no teatro de uma igreja na Vila Mariana, que depois de anos, já fazendo teatro, vim a descobrir que a peça era A menina e o vento de Maria Clara Machado. Ainda hoje me lembro dos figurinos, da encenação, dos atores, de onde estava sentada. A mesma sensação: um frio na barriga, uma alegria avassaladora, uma vontade daquele momento não acabar nunca mais. Queria estar ali pra sempre. Foi então que comecei a ansiar o teatro como ofício. 

No entanto, o estigma de que não conseguiria sobreviver da arte e que eu precisava escolher outra profissão "pra ganhar dinheiro", me levaram a optar pela faculdade de Comunicação Social, já que ser diretora de arte era uma coisa que me interessava, pois acompanhava meu pai trabalhando na prancheta, ainda na era pré-computador, onde tudo era feito manualmente. Achava aquilo arte também.

 

Fazia parte de um grupo amador, dirigido pela atriz Soraya Aguillera. O grupo se formou durante o curso livre que o Satyros oferecia, em 1992 e ficamos juntos até início de 1996. Assim que entrei na ESPM, em 1995, fui participar do Grupo Tangerina, da própria faculdade. Óbvio que estar ali não me alimentava nem um pouco; saía das aulas de Psicologia do Consumidor querendo me acabar aos prantos, mas continuei. Tinha uma bolsa de estudo e em troca comecei a trabalhar no departamento de vídeo da ESPM e foi a melhor coisa que podia ter acontecido. Encontrei a minha turma, uma galera que curtia arte, cinema, fotografia. 

Eu era da equipe que cuidava da programação cultural da TV ESPM e fomos fazer um programa onde a pauta era teatro. A peça Perdoa-me por me traíres, com direção de Marco Antonio Brás, foi escolhida para a reportagem. Estavam apresentando a peça na Indac Escola de atores. Eu saí dali com uma única certeza, seria aluna daqueles professores que eu vi em cena, Kiko Marques e Flávia Pucci. Três anos depois, ao receber a nota do PGE, me inscrevi no processo seletivo da escola e lá me formei e anos depois me tornei parte do corpo docente.

No segundo ano do curso profissionalizante, houve um divisor de águas que mudaria os rumos da minha intenção artística. Estreava em São Paulo, um grupo de teatro gestual, vindo da França, era a Cie. Dos à Deux. Vê-los em cena foi arrebatador. De novo, a mesma sensação sentida antes, só que elevada a uma potência ainda maior. Desde então, não perdi nenhuma das apresentações realizadas pelos artistas André Curti e Artur Ribeiro. Era possível ter tudo o que eu amava em um único projeto, a dança e o teatro juntos. Fiquei positivamente assombrada com aquele trabalho gestual. Eles contaram a história com o corpo. Era isso.

A partir desse momento toda a minha pesquisa pessoal foi para o estudo gestual, o corpo cênico, o movimento e o espaço. 

Criei em parceria com uma amiga na época do último ano do curso, a Cia. Polivox de teatro e dança com a qual seguimos por 10 anos. Assim, começou a jornada que me trouxe até aqui. Passando por profissionais que me ensinaram e ensinam esse ofício pelo qual sou apaixonada. Ainda na Cia. Polivox, fui assistente de direção, do Munish, que foi meu professor de expressão corporal, iniciando uma parceria artística no Leela Grupo Teatral. Foi à convite dele que fiz a minha primeira direção profissional em Mil Rumis - um solo de amor e também por indicação dele que me tornei professora de expressão corporal na Indac Escola de atores. A diretora e professora de expressão corporal se tornaram protagonistas na minha trajetória. Duas funções que eu não sonhava, mas que me instigam tanto quanto ser atriz. Ensinar o ofício que me foi ensinado por mestres tão especiais, permite a mim não estagnar, me estimula a buscar novas experiências, a trocar com os alunos e levar até eles possibilidades de atravessamento como foi a que me aconteceu ao ver Cie. Dos à Deux em seu Esperando Godot. 

Agora nesse meu espaço de documentação dessa minha jornada, você pode acompanhar alguns dos caminhos que tracei criativamente.

 

É um prazer receber você aqui!

Cris Urbinatti

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